Ser mãe é isso

02/04/2013 11:00

 

Quando decidir ser mãe imaginava que seria uma tarefa difícil, mas não tinha noção da proporção dessa dificuldade. Mesmo lendo tudo o que possível foi a respeito da maternidade, conversando com outras mães, e ouvindo vários conselhos (que por vezes mais atrapalham do que ajudam), até hoje me pego perdida em meio essa tarefa que foi a mim designada. Ser mãe é a função mais complicada e ao mesmo tempo mais maravilhosa que alguém pode exercer.

No começo aquele pequeno ser, totalmente dependente que faz manifestar dentro de você vários sentimentos: amor, orgulho, alegria e ao mesmo tempo pânico diante da grande responsabilidade a você entregue por Deus.

Quando recebi meu filho nos braços pela primeira vez foi que entendi o verdadeiro significado da expressão amor incondicional. Você ama aquela criaturinha, sem precisar receber nada em troca e está disposta a dedicar a ela cada segundo da sua vida.

Em meio às visitas intermináveis, aos choros incontáveis, às trocas de fraldas, às cólicas, ao processo de amamentação, às idas ao médico... são tantas obrigações e cobranças que as vezes bate um tremendo desespero. Quando vou me adaptar a essa nova realidade?

Depois de um tempo passei catalogar o que faria diferente se tivesse outro filho ou se pudesse voltar no tempo. Com os novos desafios que vão surgindo o que você já superou parece ser tão simples e tão fácil de resolver, mas como voltar no tempo é impossível e outro filho por enquanto não. Permaneço vivendo em um mundo de constantes descobertas e o novo geralmente assusta. 

Dois anos já se passaram, e permaneço aprendendo com meu filho, com meus erros, com os exemplos dos outros...

Li no blog mamíferas, um texto da Tata no qual ela finalizava dizendo que “se eu pudesse voltar no tempo, teria algo importante a dizer à Renata de oito anos atrás, aquela menina um pouco assustada com tamanhas reviravoltas lhe transformando a vida. Eis o que eu lhe diria com voz doce e palavras sussurradas ao pé do ouvido, com amor e delicadeza: ‘tenha paciência. não há de ser fácil. vai haver dor. será preciso desapegar, deixar ir, permitir que as coisas se percam, morram, digam adeus. mas lembre-se: as coisas morrem para dar lugar a outras, para permitir recomeços. Então, tenha coragem. entregue-se, permita se diluir. será esta talvez a experiência mais libertadora da sua vida: permitir perder-se, para encontrar-se’.”

Tenho repetido essa frase para mim, paciência e dedicação são primordiais quando você é mãe. É preciso entender que não se tem o controle de tudo e ir dançando conforme a música, ainda que muitas vezes se erre os passos. Por que afinal ser mãe é isso.